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Aura60+
22/03/2022

O segredo do propósito na maturidade

 

Depois dos 60, ter metas e planos torna-se ainda mais importante, pois define a qualidade da nossa vida no terceiro ato. Reinventar-se faz parte do jogo e nos faz viver mais e melhor!

Por Chantal Brissac

 

Um estudo recente da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, concluiu que ter um propósito pode diminuir o risco de mortalidade. A pesquisa, que acompanhou durante cinco anos sete mil americanos acima de 50 anos, mostrou que as pessoas com um objetivo de vida maior, que estimule outros planos e metas, têm saúde melhor e longevidade. 

 
“Ter um propósito é estar vivo, ser e estar presente no seu presente, estabelecer objetivos, aprender, ressignificar experiências, planejar novas estratégias de ação, ampliar a qualidade de vida e bem-estar, valorizar quem somos”. Quem diz isso é Betty Dabkiewicz, que está à frente da Sinergia, empresa de coaching e mentoria de carreira com foco na longevidade ativa. Em outras palavras, Betty, de 60 anos, ajuda as pessoas – e especialmente as mulheres 50 +, seu público mais expressivo – a encontrar seu propósito para viver melhor e de forma mais plena. 

 

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Contra o etarismo

Autora do livro “Revolução 50+”, a carioca Betty acredita que encontrar o propósito se torna ainda mais importante na fase madura, um período em que muitas mulheres sentem ter perdido o norte. Às vezes isso acontece devido a mudanças como a debandada dos filhos, a aposentadoria, a desaceleração na carreira e crises no relacionamento amoroso. “Na minha percepção, encontrar o seu propósito é como preencher as páginas em branco de um longo livro onde se é a autora. Elas são escritas, revisadas, corrigidas e mudadas quando necessário por você. Sendo dona do próprio destino, você pode chegar nos lugares que sempre desejou e precisava estar”.


Em “Revolução 50+”, Betty questiona o etarismo, preconceito por idade e infelizmente ainda comum no Brasil. “Você não tem mais idade para isso!” é uma das frases típicas de quem discrimina os mais velhos, e essa intolerância vai além das relações triviais, chegando ao mercado de trabalho – onde vagas de emprego são negadas “devido à idade” –, às relações amorosas (como se o sexo fosse privilégio dos mais jovens) e até mesmo às atividades que proporcionam bem-estar, como frequentar uma academia ou fazer aulas de dança do ventre.


A protagonista é você

Para Betty, a melhor forma de mudar o jogo é desenvolver novas competências, encarar a reinvenção pessoal e profissional, descobrindo as inúmeras possibilidades que a vida traz. “Ser protagonista, liderar e fazer escolhas, retirar o que já não cabe na nossa vida e escolher o que e como deseja experimentar. Esse poder nos possibilita fazer mudanças nos relacionamentos, na relação com o trabalho, na produtividade e na longevidade”.


Não é uma revolução simples, ela observa: “Quem disser que é fácil mudar não está vivendo essa questão integralmente. Muitas mulheres têm medo de gostarem de assuntos e pessoas diferentes e de descobrirem em si mesmas novos desejos e sonhos. Meu trabalho é ajudar cada uma a reencontrar-se com seu potencial criativo, reconhecer seus valores e buscar a força e as alavancas necessárias para gerar as mudanças que deseja”.


Longevidade produtiva

Aliás, vivemos um momento de grande mudança, pois a inversão da pirâmide etária já é uma realidade no Brasil. Em 2040, estima-se que 57% da força de trabalho no nosso país será composta por pessoas com mais de 45 anos. 


Segundo Betty, a geração 60+ vem trazendo questões vitais para o centro da mesa, como as relacionadas à longevidade produtiva e ativa, à quebra de estereótipos e à diversidade na forma de trabalhar, criar e produzir. “Já existe um mercado pronto para continuar a produzir entre os 45 e 70 anos, que também é a nova faixa de consumidores que fará a roda da economia girar diferente do que conhecemos até agora. Não podemos desperdiçar o capital intelectual e sim aprender a aproveitá-lo integralmente, de diferentes formas”, afirma a consultora.


Felicidade na jornada

Fundadora do Portal Zenta, destinado ao público 50+, Adriana Gordon é outra entusiasta dos projetos de vida na maturidade. Como ela lembra, as mulheres 60+ realizaram muitas coisas na vida: têm uma bagagem e uma história repleta de vivências, como vários tipos de trabalho e de emprego, construíram relações familiares, decidiram sobre casamento e filhos. 


“E ainda têm muito a realizar. Aos 60+, podem se dedicar a causas que acham relevantes, como o voluntariado ou novos aprendizados e interesses. Elas entendem que têm muito pela frente e se sentem livres para buscar outras coisas fora do tradicional trabalho e além dos cuidados dispensados à família. Encontram a felicidade na jornada, especialmente se acompanhadas de boas amigas”, diz Adriana, de 53 anos. 


O Portal Zenta, criado por ela e a sócia Lilian Avrucik, foi lançado com dois objetivos principais: compartilhar informações úteis e proporcionar eventos com conteúdo valioso, reforçando a sensação de pertencimento. “Juntas, podemos realizar inúmeras coisas que talvez sejam difíceis de fazermos sozinhas. Podemos empurrar para cima nossos limites, participar de viagens, workshops, aulas-degustação... Fazer parte de um grupo, ter uma rede de apoio, contar com amigas, faz toda a diferença para a longevidade!”

Imagem: reprodução Instagram

Chantal BrissacChantal Brissac é jornalista e publicitária, com passagens pelos jornais Folha de S. Paulo e Estadão e revistas Veja São Paulo, IstoÉ, Nova e 29Horas. Autora de livros sobre comportamento, saúde e bem-estar, é fundadora da plataforma Pro Coletivo (www.procoletivo.com.br), focada na mobilidade urbana ativa e sustentável.

 

 

 

 

 

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