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08/03/2022

Prata na cabeça? Veja se é para você

 

Especialistas, celebridades e mulheres como a gente contam porque consideram essa uma boa opção. Mas será que combina com você? Leia e descubra.

Por Chantal Brissac 

 

A pandemia virou de cabeça para baixo a vida da gente, mexendo com sentimentos e emoções, alterando a nossa rotina e mudando hábitos. Diante do isolamento, experimentamos novos fazeres – e prazeres também. Um deles foi a independência nos cuidados capilares. Com os salões de beleza fechados durante meses, muitas mulheres assumiram a rotina em casa mesmo. E nesse processo aconteceu algo inédito no Brasil: cresceu a parcela feminina que deixou de pintar os cabelos, mantendo os fios brancos.


Isso aparece, de cara, no Google: a busca pelo termo “cabelo brancos” alcançou o seu recorde histórico em junho de 2020, com uma alta de 43% em relação a junho de 2019. E a pergunta “Como deixar os cabelos brancos?” alçou voo de 350% em apenas um ano.


Fora isso, cabeleireiros atestaram um interesse maior das clientes em deixar os fios sem tintura, como comenta Melqui Dutra, do Studio Manabe, em São Paulo. “Desde que os salões reabriram, tenho sentido uma procura de informações, uma vontade que elas têm de fazer essa transição, e isso acontece com mulheres de várias idades. Eu sempre explico que é um processo um pouco demorado, e que exige paciência e cuidados extras, até que o resultado seja o melhor possível”.

Melqui se refere à técnica “gray blending”, que consiste em misturar luzes balayage, em mechas sutis, com os fios naturais, até que a cor prata dê o tom em toda a cabeça. Ele reforça que é necessário cuidar muito bem dos fios para que não fiquem fragilizados e opacos.

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Atrizes e apresentadoras

De 2020 para cá, celebridades também sacudiram suas cabeleiras prateadas, no Brasil e no exterior, inspirando outras mulheres. A atriz Andie Macdowell, de 63 anos, desfilou em julho deste ano no tapete vermelho do Festival de Cinema de Cannes, em plena transição capilar. Como ela declarou à edição norte-americana da Vogue, “sal e pimenta”. Para a atriz, ter peitado essa escolha, mesmo ouvindo de managers e afins de que deveria esperar mais, foi “empoderador”.

Por aqui, a atriz Glória Pires, 58; as apresentadoras Astrid Fontenelle, 60, e Carla Vilhena, 54; e a cantora Fafá de Belém, 65, mostraram seus cabelos brancos em lives e posts, se abrindo para elogios e críticas. “Quando decidi deixar os meus cabelos naturais seguindo a minha natureza, a minha idade, muitos criticaram pelo simples fato de não acharem que envelhecer é algo bom, é algo bonito. Assumir aquilo que a sociedade nos diz ser uma imperfeição nos liberta! A verdade nos liberta!", publicou Glória há poucos meses no seu Instagram.

Fafá de Belém contou que este era “um desejo antigo” que não a deixavam realizar, e que a pandemia deu o empurrão para a mudança que ela está amando. 

Realmente, o movimento feminino prateado tem mais a ver com libertação e autoexpressão do que com moda e tendência. Tanto é que não atinge apenas as que têm mais de 60 anos. Mulheres mais jovens têm apostado nos fios brancos. A plataforma @Grombe, que começou nos Estados Unidos em 2016, é um movimento global de mulheres que abraçam o cabelo natural, sem tintura, e tem mais de 240 mil seguidoras no Instagram. Afinal, por que o cabelo branco para as mulheres é sinônimo de “desleixo” e falta de cuidado? Felizmente, esse discurso está ficando para trás.

 

Aprendizado com o avô barbeiro

Para a pedagoga e historiadora Tania Maria Amaral, de 59 anos, largar a tintura e deixar seus cabelos brancos crescerem naturalmente foi um ato que a deixou mais feliz e segura consigo mesma. Ensaiava há alguns anos a transformação, mas os filhos, os jovens Gabriel e Thomas, não apoiavam. “Eles diziam que eu era muito nova e que iria parecer muito mais velha”, conta. 

A pandemia deu o impulso certeiro. Ajudou o fato de que Tania é independente com suas madeixas desde menina. Aos 14 anos, passou a cortar e cuidar de seus cabelos. “Meu avô era barbeiro e me ensinou ainda criança o ofício. Foram raras as vezes em que fui ao cabeleireiro para cortar os cabelos, e olha que eu sempre fiz cortes modernos e diferentes”.

Assim, veio a coragem de radicalizar: “Deixei seis meses sem tintura e cortei curtinho. No início deu um pouco de medo, mas com o tempo fui me sentindo cada vez melhor. Mais livre, porque você se desprende do ritual da tintura, e também mais saudável, porque o cabelo fica mais forte, não resseca e não quebra como antes. É também mais fácil de lidar, um bom corte já resolve tudo. Acho que o cabelo crespo e branco chama atenção, porque me param no meio da rua e no shopping para dizer que é bonito e diferente. E eu nunca me senti tão bem!”

 

Chantal BrissacChantal Brissac é jornalista e publicitária, com passagens pelos jornais Folha de S. Paulo e Estadão e revistas Veja São Paulo, IstoÉ, Nova e 29Horas. Autora de livros sobre comportamento, saúde e bem-estar, é fundadora da plataforma Pro Coletivo (www.procoletivo.com.br), focada na mobilidade urbana ativa e sustentável.

 

 

 

 

 

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